Começo essa nova matéria com uma
frase filosófica que diz assim: “Diga com quem tu andas e direi
quem tu és”. Certamente que essa
é uma frase que tem gerado muita discussão sobre quem a pronunciou, mas o certo
é que ela traz um inegável ensinamento e tem servido para alertar a quem deseja
andar pelos caminhos limpos desta vida. Pois bem, muitas são as frases
inteligentes que servem ao homem nas suas observações, dentre elas estão as
chamadas frases de efeito e também os provérbios do Rei Salomão, e ainda as
reflexões de seu pai, o Rei Davi, ao dizer no capítulo 1º: de Salmos
que: .
“1 Bem-aventurado o homem que
não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores;
2 antes tem seu prazer na lei
do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.
3 Pois será como a árvore
plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria,
e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.
4 Não são assim os ímpios, mas
são semelhantes à moinha que o vento espalha.
5 Pelo que os ímpios não
subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos;
6 porque o Senhor conhece o
caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.”
Pois bem, o tema ora abordado não
é um questionamento, nem uma pergunta, muito menos um aconselhamento, como
acima foi explicitado, mas é uma resposta, para a qual se requer uma pergunta formatada
de maneira correta, sem a qual não há como se dá a reposta. Muitos sabem como
pronunciá-la, todavia, descabe aqui tratar desse assunto, pois importa cuidar
do tema central desta matéria.
Certa feita Jesus Cisto perguntou a
seus discípulos: “Que dizem os homens que eu sou?” Dentre tantas resposta Pedro
respondeu: “tu é o filho do Deus Vivo que havia de vir ao mundo”.
Imaginemos com que satisfação o Mestre ouviu essa resposta. Daí porque, sermos
reconhecidos pelo que somos nos eleva e nos dá prazer. Por isso importa que
sejamos dignos do que somos e do que fazemos para que possamos ser
reconhecidos pelo nosso caráter, pelos nossos gestos de grandeza moral e
espiritual, pelas nossas ações em sociedade e na direção do bem estar das
pessoas, e até mesmo pelo combate das nossas asperezas modelando o nosso ser,
para sermos mais humildes e menos arrogantes; preocupados mais com o coletivo
do que com o individual; mais afetuosos do que carentes de atenção, etc.
Não foi sem razão que
certa feita Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”,
isto porque, libertos das maldades desse mundo, certamente que o homem se
encontrará consigo mesmo e terá a segurança em dizer que “meus irmãos como
tal me reconhecem”, não somente por seus irmãos, mas também pela família e por
toda a sociedade em que vive.
Certamente que muitos são
reconhecidos pelo seu mau procedimento, por atos reprováveis contra a família,
contra o seu irmão e contra a própria sociedade. E o pior é que não se sente
envergonhado por ser reconhecido dessa forma. É preciso que tenhamos uma
consciência que seja capaz de nos chamar a atenção quando a natureza
humana nos impulsiona a fazer o mal.
Dr. Adilson Miranda de
Oliveira, advogado, presidente das Comissões de Direitos Humanos, e
de Direito e Prerrogativas da OAB-Ibicaraí, e Vice Presidente da Associação dos
Advogados da Bahia.
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