Todos
sabem que o Brasil vive um momento econômico deveras preocupante, na medida em
que os investimentos cessaram e ninguém quer ariscar em nenhum empreendimento,
já que sabem dos riscos que correm para a recuperação do seu capital. Portanto,
em meio a esse clima de desânimo, todos procuram se proteger através de
mecanismos legais postos à disposição do empreendedor, como a compra de moedas
fortes depositadas em bancos estrangeiros, investimento em ouro, dentre outros,
mas sem contribuir para geração de emprego, rendas e impostos, o que é uma
consequência natural.
Pois
bem, sem o incremento dos meios de produção, certamente que não haverá rendas e
o nível dos impostos tende a cair drasticamente, notadamente, quando se tem um
Governo, cuja política econômica, embora intervencionista, não se presta a
recuperar os setores mais debilitados, face a miopia de uma classe política
descompromissada com os reais interesses da nação.
Daí
porque, enquanto toda a população sofre, pagando até mesmo com a perda do seu
emprego, na esperança de ver passar logo esse momento, muitos políticos,
membros do poder judiciário e tantos outros ocupantes de função pública, estão
ampliando os seus vencimentos, sem se aperceber que a maioria daqueles que
pagam os seus salários estão até passando necessidades.
Ademais,
mesmo sendo um País com uma das maiores cargas tributárias do mundo, ocupando
aí o segundo lugar, com a arrecadação caindo vertiginosamente, ainda assim, cada
um dos dirigentes dos três poderes da nação luta para não perderem seus
privilégios, nenhuma contribuição dando para enfrentar a situação. São viagens
desnecessárias com aviões públicos cheios de parasitas, nos chamados trens da
alegria; passagens aéreas para o exterior a fim de participam de eventos que em
nada contribuem para a melhoria do nosso povo; são empréstimos subsidiados a
grupo grandes grupos econômicos; são operações bancárias a fundo perdido com
recursos do DESEMBANCO sem autorização do Congresso Nacional; realização de
obras desnecessárias por todos os lugares do País; contratação de assessores e
de servidores com cargo de confiança; dentre tantos outros privilégios que só
servem para encarecer a máquina administrativa, MATANDO COM ISSO A GALINHA DOS
OVOS DE OURO. E veja-se que essas mesmas pessoas são as responsáveis por toda
essa crise econômica, moral, ética e social. Não é mais possível tolerar tantos
desmandos e tanta falta de responsabilidade dessa gente. Se nada for feito,
certamente que haveremos de chegar a uma situação ainda pior, principalmente
neste ano de eleições, onde aparecerão aqueles dizendo que sabem com resolver
os problemas da gestão pública, mas logo após serem eleitos, demitem funcionais,
principalmente os concursados e deixam de pagar os salários dos servidores.
Adilson Miranda de Oliveira
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