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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

AS ELEIÇÕES DE 2014 E SEUS CANDIDATOS

Tudo começou novamente, as eleições para os cargos executivos e legislativos, em níveis estaduais e nacional, devem acontecer em outubro deste ano. As campanhas eleitorais com as propagandas no rádio e na televisão, as pesquisas, e os comícios e as passeatas, tudo para conquistar a simpatia do eleitor e, consequentemente seu voto. Pois bem, em que pese a necessidade da alternância de poder, princípio fundamental do estado democrático de direito, temos que ficar atentos a determinadas situações que envolvem o pleito eleitoral, a começar pela atuação da Justiça na condução dos embates e suas regras temporárias; os direitos inalienáveis do cidadão; e as expectativas de um novo quadro de desenvolvimento e bem estar do povo.

                        Certamente que, enquanto não tivermos uma legislação eleitoral permanente, com regras claras e imutáveis, democráticas e abrangentes, haveremos por certo de conviver com resoluções elaboradas de última hora e usurpando a competência originária do Congresso Nacional, a quem compete legislar sobre a matéria. Na verdade, compete ao Judiciário, tão somente, a obrigação de interpretar e aplicar a norma legal emanada do Legislativo e não a de fazer leis. Nessa linha de entendimento, forçoso é reconhecer que, com essa prática, historicamente, tem se verificado uma intromissão indevida do Poder Judiciário no Poder Legislativo, com sérios e irreparáveis prejuízos à democracia, aos candidatos e ao povo brasileiro, na medida em que tais resoluções e regras são elaboradas sem auscultar a vontade da Nação, cerceando direitos, além de, muitas vezes, não atentar para a boa técnica legislativa.
                          Todavia, ultrapassadas essas dificuldades, surgem os candidatos escolhidos pelos partidos, dentre eles os chamados “profissionais” da política, pessoas que não aprenderam a fazer outra coisa na vida, senão viver atrelado ao poder público, na maioria das vezes se locupletando indevidamente do erário público, sempre que eleito, e até mesmo quando perdem as eleições, ora seguindo o seu próprio caminho sem se ater ao mandato que recebeu do povo; ora se imiscuindo em falcatruas com empreiteira que os tornam indignos do cargo que ocupam.

                          Nesse momento especial, um alerta geral se pode ouvir, qual seja: primeiro você não deve deixar de votar! Isso porque trata-se de sua  cidadania e dignidade, as quais se encontram em jogo, além dos interesses de toda a sociedade por uma vida melhor; segundo você não deve votar em candidatos que já demostraram um caráter duvidoso, principalmente, quando tiveram a oportunidade de lhe representar em cargo público e teve suas contas rejeitadas por estarem envolvidos em atos de corrupção. Sim, porque existem aqueles que tiveram suas contas rejeitadas porque são perseguidos politicamente, como foi o caso do ex presidente Fernando Henrique Cardoso, o qual declarou ao deixar o Governo, que sua tristeza maior foi o fato de que ao assumir a Presidência da República não tinha nenhum processo contra Ele, todavia, ao deixar o cargo estava respondendo a cinquenta feitos, justamente, por contrariar interesses de alguns carreiristas.

                    Por fim, é bom que se observe que nos países democráticos, a campanha eleitoral, assim como as eleições, representam um momento impar na vida da nação, e tudo é encarado como uma grande festa cívica, dela sendo impedido de participar, todo aquele que foi condenado em alguma mazela, isto porque o Judiciário é rigoroso no cumprimento das leis, pois estas se prestam para todos. Não é o que se ver no Brasil, onde bandidos condenados pousam de donos da verdade, afrontando a própria Justiça. Esta é a hora de dizer a toda essa gente que que a coisa pública não tem dono, ou melhor, o dono é o povo, votando contra e limpando a administração pública em todos os níveis, exceto na Justiça, pois ainda não temos eleição para juízes, quando teríamos a oportunidade de mostrar o nosso inconformismo com o pouco trabalho de alguns deles.


Dr. Adilson Miranda de Oliveira, advogado, presidente das Comissões de Direitos Humanos, e de Direito e Prerrogativas da OAB-Ibicaraí, e Vice Presidente da Associação dos Advogados da Bahia.

                            

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