“O Garrafão de Steinhäger”, de Marcello Ricardo Almeida |
Nessa linha de entendimento, podemos dizer que o
caminho a seguir, para que a nação se desenvolva, é o da educação, naturalmente
que abandonando todas essas pregações que ora verificamos e que são amplamente
veiculadas pelos meios de comunicação de massa, os quais contam com a
inoperância e em muitos casos a omissão criminosa de muitos dos responsáveis
pelas políticas públicas. Nota-se, assim, que todos querem emitir suas opiniões
sobre tudo o que acontece a nível nacional, trazendo exemplos de fora para
justificar seus pensamentos, o que é compreensível, não fosse a utilização dos
veículos de comunicação de massa, formadores de opinião, usurpando a atuação do
governo na consecução dos assuntos de interesse do povo. Assim, depois que um
apresentador de telejornais de uma certa emissora resolveu fazer comentários de
sua própria cabeça, acerca de temas de real interesse da nação e abandonando os
textos que lhes eram dados para ler, todos resolveram seguir o seu exemplo,
restando por transmitir conceitos e exemplos nefastos aos nossos interesses,
com o que se verificam as mudanças de comportamentos, para a infelicidade das
famílias. E o que se dizer das novelas, principalmente as da “Globo”, com cenas
de sexo e de nudez no horário em que as famílias costumam se reunir? Certamente
que o estrago é deveras irreparável, pois fica difícil aos pais dizer às suas
filhas de 12 a 15 que devem permanecer virgem e esperar o casamento para ter
uma experiência nessa área, quando se demonstra que isso é caretice e tudo mais.
Ora, se até o Governo Federal, através do Ministério da Educação, possui,
dentre outras coisas, uma cartilha impondo aos professores ensinar às crianças
sobre as questões de sexo, como se sair dessa encruzilhada, ensinando valores
morais, educacionais e de tradição de um povo religioso e sério? Mais sobre
esse tema falaremos depois.
A questão central é a manipulação criminosa dos nossos
valores éticos, morais e até mesmo legais, como é o caso das reservas legais
nos partidos políticos, nas universidades e demais escolas, nos empregos
públicos e particulares, na utilização da terra, e em núcleos sociais
distintos, como se eles não fizessem parte da nação brasileira, em um país onde
todos vivem sem essas discriminações abomináveis, exceto fatos isolados que não
representam a consciência nacional. Não dá para aceitar a intromissão externa,
quer de governo, quer de ONGs, quer de setores anarquistas, na efetivação da
educação doméstica, local onde a criança recebe os mais verdadeiros
ensinamentos de como se portar em sociedade, na escola, e de como respeitar os
professores, as pessoas como um todo, principalmente os mais idosos.
Na sociedade atual, tudo o que se quer ensinar é o
contrario daquilo que aprendemos, vivemos e transmitimos aos nossos filhos, ao
longo da história da humanidade. Será que tudo estava errado? Como foi que nós
conseguimos chegar até aqui? Daí porque, o aumento desenfreado da
criminalidade, do desrespeito ao cidadão e a seus direitos, e demais anomalias
contempladas em todos os lugares da nação, leva por conta ensinamentos
descontrolados e não fiscalizados, movidos na maioria dos casos por interesses
escusos ou inconfessáveis. Desta forma, os assuntos que educam e constroem
valores sociais não são aqueles que são veiculados com a limpidez que se deve
ter, não só pela falta de controle do dos meios de comunicação de massa, já que
se trata de concessão de serviço público federal, cedido a particulares. É e
por isso que muitos criminosos são tratados como menores infratores,
apreendidos, em vez de bandidos criminalizados por seus atos. Assim, um moleque
ordinário de 14 ou 15 anos lidera quadrilhas e quando “apreendido” é liberado
imediatamente por ser menor de idade. Daí está em moda os chamados rolezinhos,
convocados com hora marcada por bandidos e que causam tantos prejuízos a quem
trabalha e paga os impostos que sustentam essa Nação. Portanto, muito se tem
questionado a respeito dos valores da nossa sociedade. Será que é isso mesmo
que o nosso povo deseja? Ou são alguns partidos e políticos carreiristas que
estão por detrás dessas coisas para obterem vantagem. O certo é que, se a
educação fosse tratada com o devido respeito, certamente que as pessoas teriam
condições de raciocinar e definir o que seja certo e errado, o que seja bom ou
ruim para a nação, o que sejam valores éticos e morais, enfim, não se
permitiriam ser manipulados por uma casta de malandros que se situam em postos
estratégicos da vida nacional.
Dr. Adilson Miranda, é advogado, vice-presidente
da AAB-Associação dos Advogados da Bahia e presidente da Comissão de Direitos
Humanos da OAB.
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