Muito se tem questionado
sobre a importância da presença do homem na face da terra, notadamente no que
tange ao seu papel puramente humano-social, sem querer adentrar nas questões
religiosas ou do materialismo estéril. Mas, analisando a participação do
indivíduo no meio social, percebe-se uma diferença gritante de pessoa para
pessoa, na medida em que cada uma vive ou viveu em um ambiente único e
construiu dentro de si um mundo individual e único, o qual somente a si pertence
e pouco é vislumbrado pelas demais pessoas do seu convívio social.
Notadamente, que tudo
isso só acontece porque ao homem lhe foi dado algumas privilégios que o
diferenciam dos animais, como o pensar, a exteriorização dos seus pensamentos,
a inteligência, a dominação sobre “todas as coisas”, em suma, o livre arbítrio.
Com todas essas coisas, aliados ao convívio social, o indivíduo se acultura
para formar o seu mundo único, conforme já foi dito. Daí porque explicarem os
cientistas sociais a respeito do homem em sociedade e a sua influência ou
importância, esta vista naturalmente por quem com ele se relaciona no dia a
dia, ou mesmo que o acompanha pela mídia de massas, responsável por parte
significativa desse processo de aculturamento.
Com efeito, a depender da forma como o mundo
foi construído dentro de si, cada indivíduo consegue se projetar no mundo dos
outros, tornando-se uma pessoa aceitável até os limites do desejável,
tolerável, ou indesejável, com o que a vida se tornará mais proveitosa ou de
difícil manutenção na terra. Há quem diga das receitas infalíveis para que o
indivíduo se mantenha sempre jovem e “de bem com a vida”, ainda que com idade
bem avançada, nessa esteira de pensamento, um autor desconhecido assim
escreveu:
“Minha Idade”
“Não me perguntem quantos
anos tenho, mas... Queiram saber de mim se criei filhos. Queiram saber de mim
que obras eu fiz. Queiram saber de mim que amigos tenho, e se alguém, pude eu, tornar
feliz. E assim, somente assim, todos vocês, por mais brancos que estejam meus
cabelos, por mais rugas que estejam no meu rosto, terão vontade de chamar-me:
“Oi moço...!!!”E ao me verem passar aqui... ali... não saberão ao certo a minha
idade, mas saberão por certo, que eu vivi.”
Seguramente, que muitos vivem
distantes dos padrões desejados pela sociedade, enganando, desrespeitando,
furtando, roubando, agredindo, ferindo, matando, o que os tornam piores do que
os “bichos”; mas parte significativa da sociedade prima pela decência, pelo
caráter, pelo respeito aos outros, pela honradez, com zelo do seu nome e da sua
reputação, e consciente do seu papel na sociedade. Desta forma não é difícil de
se fazer a respeito da distinção dos dois tipos de pessoas, e é nessa luta que
deve permear as ações de governos, a fim de que se fomente o interesse do
primeiro grupo em se tornar melhor, para que se aproxime daquele que serve como
paradigma da decência e da beleza, características dos homens de bem. Diante de
todos esses aspectos, uma pergunta cada um deve fazer a si mesmo: Qual a
importância que tenho na sociedade em que vivo?...
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