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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O QUE PENSA O HOMEM INCRÉDULO




Este é um tema diferente e pouco discutido, que tem o condão de chamar o homem à razão, sem querer aqui ser absoluto nas afirmações em torno do assunto. Certamente que a matéria tem sido enfocada sob diversos ângulos, a começar por aqueles que se preocupam em indagar sobre a origem do homem, suas limitações, seus anseios, suas atitudes, e para onde na verdade ele caminha. Pois bem, diante desses enfoques, já dá para se ter uma idéia do que seja um homem incrédulo ou sem o temor de Deus, o Grande Criador de todas as coisas.
Muitos pensam que acreditam em Deus, e assim professam logo que inquirido a respeito, todavia, negam com os seus atos, porque eles são o reflexo do “homem melhorado”, aquele que no seu interior trava uma constante disputa entre os seus desejos terrenos e aqueles oriundos dos ensinados pela Divindade. Assim, não é difícil de se perceber quando alguém deixa sucumbir dentro de si o ímpeto do homem carnal, para dar lugar aos sentimentos mais nobres do ser humano.

Nessa linha de pensamento, forçoso é reconhecer que todos nascemos e caminhamos rumo ao fim, que é a morte do corpo físico, não importando se a pessoa é muito rica, importante, detentora de prestígio e poder. Tudo isso termina com a morte do indivíduo, quando todos se igualam, ainda que iguais sempre foram.
Pensar como um incrédulo leva o homem a se comportar como se nunca fosse morrer, e é assim que se comportam quase todos aqueles que detém o poder de mando, econômico ou qualquer outro, sempre na esteira da incredulidade de quem não imagina falível, susceptível de sofrer dores, e que um dia tudo vai terminar. Comparando essa constatação, cabe lembrar o que disse o Evangelista Lucas: “Louco, esta noite te pedirão a sua alma, e o que tens preparado para quem será?” Sim, porque a maioria das pessoas caminha ostentando uma empáfia desmedida e injustificável, reveladora do seu estado de homem incrédulo. Muitos são arrogantes e embrutecidos e até se acham semi-deuses e há aqueles que tem certeza que são deuses, pois decidem sobre a vida das pessoas sem a menor preocupação de estar agindo certo ou errado, como é o caso de muitos prefeitos, governadores, juízes e todos quantos detém um poder em suas mãos. E foi por isso que disse o Profeta Isaias: “Ai dos juízes”... Que julgavam as viúvas e as crianças defendendo interesses dos poderosos.
Com efeito, o homem incrédulo está sempre distante do que seja justiça, equidade, bondade, honradez, honestidade, caráter e tudo aquilo que torna uma consciência limpa, próprio das pessoas temerosas, sem ser amedrontadas; ricas sem nada possuírem, já que sabem que nada levarão consigo; em paz consigo, com os homens e com Deus, sem que sejam covardes; que irradiam beleza, bondade e luminosidade, sem que tais virtudes lhe pertençam.

Dr. Adilson Miranda

Dr. Adilson Miranda, é advogado, vice-presidente da AAB–Associação dos Advogados da Bahia e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

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