Dentro
de poucos dias um novo ano se inicia, trazendo a todos um sentimento de
mudanças e de prosperidade, sempre na base de uma esperança de dias melhores,
afugentando os sofrimentos e as decepções do ano findo. Certamente que tudo
isso faz parte da natureza humana criada por Deus para a perpetuação do
indivíduo sobre a face da terra, onde as lembranças dos momentos tristes e ou
felizes são lançados em um arquivo da nossa mente, de forma tão organizada que
delas lançamos mão toda a vez que necessitamos, contudo, sem a mesma
perplexidade e ou fulgor de quando os fatos aconteceram.
Destarte,
com os novos tempos que se avizinham, é induvidoso que todos se deixam envolver
por novas propostas de uma vida feliz, notadamente, quando se chega ao final de
um ano deveras complicado, o qual ficará marcado na história da Nação, por se
tratar de um ano convulsivo em quase todos os setores da vida nacional, cujos
efeitos deverão ser projetados para um futuro longínquo e sobre os qual pouco
poderemos fazer.
Daí
porque, permeando os caminhos da prudência e da sabedoria, próprios daqueles
que se dão ao trabalho de pensar e observar os fatos do cotidiano, forçoso é
reconhecer que, se por um lado nos animamos a ter esperanças no amanhã,
certamente que haveremos de contemplar mudanças significativas em boa parte do
comportamento do nosso povo, quer nas suas atitudes personalíssimas e sociais,
quer frente ao agir dos representantes do Estado brasileiro. Assim sendo, nessa
linha de entendimento, não há mais lugar para a figura daqueles que que estão
no serviço público desservindo a quem o sustenta, que é o contribuinte. Isto no
Judiciário, no Legislativo e no Executivo. Não que os corruptos e os deformados
de caráter irão desaparecer nesse ano que se avizinha, não, o que se está dizendo
é de uma “consciência” que toma conta das pessoas, como num acordar de um
amanhã brilhante, após um anoitecer tenebroso.
Haveremos
de contemplar uma sociedade que prime pelo trabalho honesto e pela decência,
punindo os “parasitas”, como funcionários públicos que atendem mal, políticos
corruptos, juízes preguiçosos, fraudadores de toda a espécie, sonegadores de
impostos, e tantos outros, naturalmente que desonerando os assalariados do
pagamento de imposto de rendas, ou tributando apenas os altos salários, isto
porque trabalhador não tem rendas e sim salário para a sua sobrevivência.
Esperamos,
por fim, que haja sucumbência dos privilégios odiosos que desigualam as
pessoas, criando uma sociedade de castas com o beneplácito da lei, onde irmãos
são diferenciados em afronta aos princípios Constitucionais. E ainda, que a
esperança e o amor vençam a truculência, a arrogância, o orgulho e os desejos
individuais desenfreados.
Dr.
Adilson Miranda de Oliveira, advogado, presidente das Comissões de Direitos
Humanos, e de Direito e Prerrogativas da OAB-Ibicaraí, e Vice Presidente da
Associação dos Advogados da Bahia.
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