Pois bem, analisando-se os escândalos de corrupção que
se tem visto na grande mídia nacional, chegou-se à seguinte conclusão: muitas
pessoas são inegavelmente corretas em suas atividades particulares, todavia,
quando são eleitas para gerir a administração pública, se descaracterizam por
completo, confundindo o que é do povo com o que é seu, mentindo, roubando,
estuprando, e praticando toda a sorte de crimes. Note-se que ele jamais teria
um comportamento deste se tivesse ficado laborando na atividade privada.
É induvidoso que se trata de uma anomalia gestada no
descuido da educação familiar – afrouxamento das regras domésticas, de forma
que muitos desses exemplares passaram a povoar tanto o legislativo, com a
edição de normas dissociadas da boa técnica e dos bons costumes; como o
Executivo, cheio de vícios e mazelas de difíceis reparações; e por fim o
Judiciário, que hoje deixa aflorar situações que envergonham a nação, não só
com a desfaçatez de gastar desregradamente o orçamento público, mas pelos
constantes flagrantes de desrespeito às Leis do País, a fim de satisfazer
interesses inconfessáveis de projetos criminosos de poder – decidindo o que é
da competência originária do legislativo e retardando ou deixando de se
pronunciar sobre matérias de reais interesses do povo brasileiro.
Destarte, é urgente a volta da educação do passado,
naturalmente que com a retirada dos seus exageros, mas, sobretudo, para
aviventar rumos e colocar o sistema educacional do país no seu devido lugar,
devolvendo à escola e ao professor a autoridade que governos esquerdistas se
ocuparam de destruir. Quem respeita e ama esse País de verdade e deseja o bem
do seu povo, seguramente que compreende cada um dos conceitos acima e tem a
verdadeira dimensão do que significa ser um povo livre, evoluído e civilizado.
Dr. Adilsom Miranda de Oliveira é
advogado, Vice Presidente da Associação dos Advogados da Bahia, tesoureiro da
OAB-Subseção de Ibicaraí e presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas
da OAB-Subseção de Ibicaraí.
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