Acompanhe nosso blog

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

REFÉNS E ESCRAVOS DE “AUTORIDADES”


O povo brasileiro chegou a um estágio de evolução tal que se tornou refém de si mesmo através do próprio Estado que criou e sustentou ao longo dos tempos. Na verdade, esse é um fenômeno que precisa ser estudado pelos cientistas políticos e sociais, para se saber se vale a pena manter uma estrutura estatal tão viciada, pesada e indomável, como a que contemplamos no momento.
                Pois bem, essa é uma verdade incontestável, na medida em que tudo o que se faz em nome do Estado e de sua governabilidade resulta em maus tratos e na infelicidade do povo brasileiro, como se fossemos reféns de um sistema que nos trata como se nós não tivéssemos mais vontade própria. É como um burro bravo que toma a rédea do seu adestrador e não há quem o detenha.
                 Diante de tal constatação, forçoso é reconhecer que necessitamos de ajuda para nos livrar do jugo da escravidão em que nos metemos, senão vejamos: a) todo o imposto que se paga para sustentar a máquina estatal é insuficiente; b) o sujeito é eleito para representar o povo e quando ocupa o cargo acha que aquilo é propriedade sua e ele pode fazer o que bem entender, já que a ninguém tem que prestar contas; c) leis são criadas para tudo, menos para facilitar a vida do cidadão que paga os impostos que sustentam o estado; d) hoje em dia pra qualquer coisa que aconteça há sempre uma multa a ser cobrada, jamais se tem tolerância ou uma política educativa; e) política é uma profissão, pois há pessoas que nunca trabalharam na vida e ainda acha que pode cuidar dos interesses do povo com competência; f) ladrão e mal caráter tanto se pode encontrar nas periferias das grandes cidades como nos detentores de cargos e funções públicas, na mesma proporção; g) quem nada sabe de educação é quem se acha no direito de dá ordens e estabelecer políticas públicas educacionais; h) há até quem entenda que o povo do interior não precisa de Justiça, pois fecham comarcas, retiram juízes e até privatizam cartórios, como se nesse caso o serviço público se assemelhasse a um açougue ou a uma padaria.

              Daí porque, não haver dúvida de que nos metemos numa enrascada e estamos tendo dificuldades de encontrar uma saída para a crise que se instalou. Somos ou não reféns de um sistema implantado? Estamos ou não sendo escravizados? É só parar para pensar sobre a nossa situação.

Dr. Adilson Miranda é advogado, vice-presidente da Associação dos Advogados da Bahia, Diretor Tesoureiro da OAB-Subseção de Ibicaraí e Presidente da Comissão de Direito e Prerrogativas dos Advogados

Nenhum comentário:

Postar um comentário