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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CRISE ECONÔMICA E SOCIAL

Imagem: Arquivos Carta Maior
O Brasil vive um momento deveras delicado, quer na sua organização institucional, quer nas suas políticas públicas, quer no direcionamento de sua economia. Na verdade, somente agora o povo se deu conta da gravidade da situação, quando já não se pode fazer muita coisa, senão a médio e longo prazo e com mudanças efetivas que sejam capazes de alterar os rumos da vida nacional até então traçados por aqueles que, por incompetência, irresponsabilidade ou desonestidade, foram capazes de destruir as conquistas do povo brasileiro após décadas de muita luta e sacrifícios.
Pois bem, um grupo de “inteligentes” achava que podia dispor arbitrariamente do dinheiro dos impostos pagos pelo povo para incrementar programas sociais desmedidos, onde poucos trabalhavam para sustentar uma multidão de pessoas (eleitores de um partido), carentes e não carentes, numa falsa propaganda de elevação dos níveis sociais, erradicando ou diminuindo os índices da fome e da miséria, principalmente nas regiões mais pobres da nação. Todos sabiam que essa farra teria um fim trágico, na medida em que só o milagre “da multiplicação” poderia manter um programa dessa natureza.
Se não bastasse tal desequilíbrio, ainda surgiu dentro desse mesmo grupo, uma multidão de “aves de rapina” que devorou quantias incalculáveis do erário público, sucateando empresas e aniquilando a economia popular, gerando com isso um quadro de desânimo no empresariado de difícil recuperação. Note-se que, sem investimentos por parte da iniciativa privada, certamente que não há como se manter o emprego e gerar renda, motivo pelo qual o nível de desemprego chegou ao absurdo de somente neste ano de 2015 já ter chegado a quase 700.000 postos de serviço fechados. Não se trata apenas do desânimo e da falta de confiança dos investidores, quando se percebe que pela “fome do Leão”, muitas empresas tiveram que fechar suas portas, pois não puderam atender a tantas exigências do fisco, no sentido de arrecadar sempre mais, a fim de atender aos desmandos governamentais. Daí porque certo empresário numa cidadezinha do Estado de Goiás teve que fechar sua indústria e desempregar 1.300 pessoas, praticamente aniquilando a vida do município.
Com efeito, em momentos como esse, o direito financeiro recomenda a atuação do que se chama de “Estado Intervencionista”, onde deve o estado intervir na economia para promover o desenvolvimento de todo o sistema econômico ou de setores específicos. Daí porque, é necessário que o Estado esteja organizado e economicamente firmado, para poder fazer face às despesas de sua ação. No caso vertente, está-se diante de um Estado pré-falimentar, onde não se imagina poder intervir para melhorar, até mesmo pagando para que uns cavem buracos e outros voltem tapando-os. A princípio, mais parece uma bobagem, porém, cientificamente, essa é uma providência extremamente importante para a construção de uma sociedade, em que o indivíduo não vai se sentir como um peso morto ou como quem está recebendo uma esmola, o que retira do indivíduo a sua dignidade. É certo que programas de distribuição de renda devem ser implementados, mas de forma a propiciar segurança e desenvolvimento, jamais de forma meramente assistencialista.
Dr. Adilson Miranda de Oliveira, advogado, presidente das Comissões de Direitos Humanos, e de Direito e Prerrogativas da OAB-Ibicaraí, e Vice Presidente da Associação dos Advogados da Bahia.

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