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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MEUS IRMÃOS COMO TAL ME RECONHECEM

Começo essa nova matéria com uma frase filosófica que diz assim: “Diga com quem tu andas e direi quem tu és”. Certamente que essa é uma frase que tem gerado muita discussão sobre quem a pronunciou, mas o certo é que ela traz um inegável ensinamento e tem servido para alertar a quem deseja andar pelos caminhos limpos desta vida. Pois bem, muitas são as frases inteligentes que servem ao homem nas suas observações, dentre elas estão as chamadas frases de efeito e também os provérbios do Rei Salomão, e ainda as reflexões de seu pai, o Rei Davi, ao dizer no capítulo 1º: de Salmos que:  .
“1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; 
2 antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. 
3 Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. 
4 Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. 
5 Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; 
6 porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.”
Pois bem, o tema ora abordado não é um questionamento, nem uma pergunta, muito menos um aconselhamento, como acima foi explicitado, mas é uma resposta, para a qual se requer uma pergunta formatada de maneira correta, sem a qual não há como se dá a reposta. Muitos sabem como pronunciá-la, todavia, descabe aqui tratar desse assunto, pois importa cuidar do tema central desta matéria. 
Certa feita Jesus Cisto perguntou a seus discípulos: “Que dizem os homens que eu sou?” Dentre tantas resposta Pedro respondeu: “tu é o filho do Deus Vivo que havia de vir ao mundo”. Imaginemos com que satisfação o Mestre ouviu essa resposta. Daí porque, sermos reconhecidos pelo que somos nos eleva e nos dá prazer. Por isso importa que sejamos dignos do que somos e do que fazemos para que possamos ser reconhecidos pelo nosso caráter, pelos nossos gestos de grandeza moral e espiritual, pelas nossas ações em sociedade e na direção do bem estar das pessoas, e até mesmo pelo combate das nossas asperezas modelando o nosso ser, para sermos mais humildes e menos arrogantes; preocupados mais com o coletivo do que com o individual; mais afetuosos do que carentes de atenção, etc. 
Não foi sem razão que certa feita Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, isto porque, libertos das maldades desse mundo, certamente que o homem se encontrará consigo mesmo e terá a segurança em dizer que “meus irmãos como tal me reconhecem”, não somente por seus irmãos, mas também pela família e por toda a sociedade em que vive. 
Certamente que muitos são reconhecidos pelo seu mau procedimento, por atos reprováveis contra a família, contra o seu irmão e contra a própria sociedade. E o pior é que não se sente envergonhado por ser reconhecido dessa forma. É preciso que tenhamos uma consciência que seja capaz de nos chamar a atenção quando a natureza humana nos impulsiona a fazer o mal. 




Dr. Adilson Miranda de Oliveira, advogado, presidente das Comissões de Direitos Humanos, e de Direito e Prerrogativas da OAB-Ibicaraí, e Vice Presidente da Associação dos Advogados da Bahia.